terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

VLT Parangaba-Mucuripe será obra estruturante de mobilidade urbana


No Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 16, página 36, o consórcio CPE-VLT Fortaleza, composto pelas empresas Consbem Construções e Comércio LTDA, Construtora Passarelli LTDA e Engexata Engenharia LTDA apresentou o menor preço, de R$ 179.546.499,60 para realizar as obras civis do Ramal Parangaba Mucuripe. O valor proposto pelo consórcio CPE-VLT Fortaleza é, aproximadamente, 13% inferior ( R$ 25.649.502,64) ao preço de referência, o máximo que havia sido proposto na licitação, que foi de R$ 205.196.002,24.
Por determinação do governador Cid Gomes as obras do VLT Parangaba Mucuripe, a serem realizadas pelo consórcio CPE, terão início em locais em que não será necessário realizar desapropriações. Entre os trechos que serão iniciados estão o elevado da Parangaba que cruza a rua Germano Franck; o elevado sobre a avenida Aguanambi; os deslocamentos da linha de carga, a exemplo o cruzamento da linha férrea com a BR-116; além dos viadutos ferroviários da Raul Barbosa, Virgílio Távora, Antônio Sales e Dom Luís.

As próximas ações para a construção do VLT Parangaba Mucuripe incluem, também, a realização de reuniões com as comunidades que moram nas áreas, onde acontecerão as obras, para explicá-las sobre o processo de desapropriação. Pela Lei Estadual 15.056, as famílias poderão receber, além da indenização em dinheiro, um apartamento no condomínio Cidade Jardim, no José Walter, dentro do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal.
Conheça o projeto
O Ramal Parangaba - Mucuripe será uma das grandes obras estruturantes no conceito de mobilidade urbana em Fortaleza para a Copa de 2014. O Ramal vai ser operado com VLTs (Veículos Leves Sobre Trilhos) e fará a conexão ferroviária de 12,7 quilômetros entre a Estação Parangaba e o Porto do Mucuripe. Serão 11,3 km em superfície e 1,4 km em elevado.

A obra visa à remodelação do ramal ferroviário Parangaba-Mucuripe, para utilização do espaço pelos dois modais de uso (passageiro e carga) de forma segregada. O Ramal Parangaba Mucuripe passará por 22 bairros da Capital. A previsão é que a obra tenha início em 2012 e seja concluída até o início do segundo semestre de 2013 (inclusive final dos testes) e, uma vez concluído, deverá ser utilizado por mais de 90 mil passageiros por dia.
Seis Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) fabricados pela Bom Sinal no Cariri, conduzirão os passageiros. Movidos a diesel, os VLTs possuem ar condicionado, sendo mais confortáveis que os antigos trens. Serão oito estações, sendo que as da Parangaba e do Papicu possuem projeto diferenciado, devido à integração com os terminais de ônibus. As demais estações serão localizadas no Montese, Vila União, Rodoviária, São João do Tauape, Pontes Vieira e Mucuripe.

Lei 15.056
As propostas do governador Cid Gomes referentes a realocações e indenizações dos moradores por onde as obras do Ramal Parangaba-Mucuripe passarão foram oficializadas na Lei 15.056, publicada no dia 12 de dezembro de 2011.

Pela lei os proprietários dos imóveis residenciais ou mistos avaliados em até R$ 40 mil e que morem no local, além da indenização correspondente, receberão uma unidade residencial dentro do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), da Caixa Econômica Federal, com prestações custeadas pelo Estado. O local escolhido pela Seinfra para as famílias será o condomínio Cidade Jardim, ao lado do Conjunto Prefeito José Walter.

Já os proprietários de imóveis avaliados acima de R$ 40 mil receberão o valor correspondente à desapropriação em dinheiro. A unidade do PMCMV será entregue mediante o custeio das prestações. As avaliações são realizadas levando em consideração o terreno e as benfeitorias, como edificações, dentro da área.

Os exclusivamente posseiros na forma da legislação civil e que morem há pelo menos 12 meses antes da data da publicação da lei 15.056, também receberão um imóvel quitado pelo Governo do Estado. Quem for posseiro há menos de 12 meses receberá o imóvel do PMCMV, mediante o aceite em custear as prestações.

Os inquilinos poderão ser contemplados com as unidades habitacionais, bastando comprovar que residem no local há pelo menos 12 meses e se comprometerem ao pagamento das prestações das unidades. O Governo do Estado também custeará o aluguel social de R$ 200,00 mensais às famílias que tiverem seus imóveis avaliados abaixo de R$ 16 mil até a unidade habitacional do PMCMV ficar pronta. Alguns destes casos são de moradores que não podem ter os terrenos em que residem somados ao valor da desapropriação pelo fato de as propriedades pertencerem à União.

Durante a visita da presidente ao Ceará, Dilma Rousseff também irá conhecer a linha Sul do metrô de Fortaleza. Com mais de 94% das obras físicas concluídas, o Governo do Estado já marcou as datas das duas fases de testes do metrô de Fortaleza: 15 de junho e 15 de outubro de 2012. 

O Metrô de Fortaleza passará a fazer todo o trecho de Maracanaú ao centro de Fortaleza a partir de 15 de outubro deste ano durante a segunda fase de testes com passageiros. O anúncio foi feito no dia 10 de fevereiro pelo secretário de infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, durante visita de empresários às obras do metrô. 

Durante esta segunda fase, as composições passarão por todas as 18 estações da Linha Sul do metrô. “Duas estações, a Chico da Silva e a José de Alencar, ainda estarão em fase de acabamento, mas poderão receber os passageiros”, afirma. De acordo com Rômulo Fortes, presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), a primeira fase será iniciada no dia 15 de junho. “O metrô vai sair de Maracanaú e irá parar na estação Parangaba. Esses testes servirão para fazer quaisquer ajustes necessários”, afirma. 

Essas operações são chamados “testes dinâmicos” e consiste em colocar os equipamentos em funcionamento para ajuste. “É uma fase necessária para oferecer segurança quando formos iniciar a operação comercial. Antes fazemos a operação assistida, que consiste em transportamos passageiros sem a cobrança de passagem. Mas também o passageiro está consciente que é uma fase de teste”, explica Fortes.  

Linha Sul 
A linha Sul, que está sendo concluída pelo Metrofor, irá ligar Fortaleza a Pacatuba. São 24,1 km de extensão em via dupla, sendo 18 km de superfície, 3,9 km subterrâneo e 2,2 km em elevado. Esta linha irá receber um total de 20 trens que formarão dez composições de 80 metros, cada. Estão sendo finalizadas 18 novas estações: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores); Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Couto Fernandes, Porangabussu; Benfica; São Benedito; José de Alencar (antiga Lagoinha); Central – Chico da Silva (antiga João Felipe). 
Além dessas 18 estações, o Governo do Estado conseguiu a inclusão de mais duas estações no cronograma de obras: Juscelino Kubitschek e Padre Cícero. As duas estações já estavam previstas desde a concepção original da Linha Sul, mas com o Plano de Mobilidade Urbana gerado pela Copa do Mundo da Fifa em 2014, suas implantações foram antecipadas. Com isso, a Linha Sul do Metrô de Fortaleza, que liga Pacatuba ao Centro de Fortaleza, terá ao todo 20 estações. 

A obra está recebendo um investimento total de R$ 1,705 bilhão. Em 2013, serão feitos os ajustes finais. A expectativa é transportar 350 mil passageiros por dia, com a integração plena com os terminais de ônibus. A implantação do metrô de Fortaleza é considerada a maior obra estruturante da Capital. A expectativa é que o metrô solucione um dos grandes problemas da cidade, que é o ordenamento de seu trânsito. A necessidade de se aumentar a oferta de transporte público de qualidade em substituição aos carros de passeio tem sido um dos objetivos de governos para desafogar as vias e melhorar a mobilidade urbana. Fonte: Secom/CE

Saiba como fazer reclamações sobre transporte coletivo de Fortaleza


Muitos cidadãos ainda guardam muitas dúvidas sobre transporte coletivo de Fortaleza. Mesmo em tempos de Internet, a maioria desconhece a rota de alguns ônibus, seus pontos de parada e até mesmo como fazer reclamações e solicitações aos órgãos responsáveis. Mas isso tudo é mais fácil do que eles imaginam. Está tudo ali, a um clique de ser realizado. 

É que no site da Etufor, está disponível o canal da ouvidoria do Órgão, onde é possível realizar diversos procedimentos e tirar todas as suas dúvidas. Veja a lista de alguns serviços disponíveis: 

 - Sugestões e pedidos de informações.
 - Pedidos de alteração de itinerários.
 - Pedidos de implantação de paradas de transporte coletivo. 
 - Reclamações e críticas sobre o serviço oferecido pelas empresas de ônibus. 
 - Reclamações sobre os serviços prestados por Topics, táxis e mototáxis também são registrados. 

O detalhe é que todos os registros são encaminhados e acompanhados pela Ouvidoria, que também comunica aos requerentes as resoluções que forem tomadas. O atendimento pode ser presencial, por telefone ou via Internet.
Atendimento por Telefone: - Etufor: 0800-2850880 / 3452-9292. 
Atendimento via Internet: Fale Conosco ( faleconosco@etufor.ce.gov.br)
Com informações: Etufor

A Rodoviária dos Pobres


Durante mais de 20 anos, um ponto localizado no bairro de Antônio Bezerra ficou conhecido informalmente pelos fortalezenses como "Rodoviária dos Pobres". O local foi ponto de embarque para os viajantes que tinha como destino a zona norte do Ceará e a outros estados como o Piauí e Maranhão, pois a avenida Mister Hull era a principal saída para a BR-222.

A "Rodoviária dos Pobres" passou a designar-se como tal em 1974, quando Antônio Alves de Souza, natural de Itapipoca, trouxe sua banca do antigo Hotel dos Boiadeiros, nas proximidades dos trilhos da Rffsa, para a sombra de um pé de timbaúba, quase na esquina da avenida Mister Hull com a rua Padre Perdigão Sampaio. Antônio Alves, agente comissionista, vendia passagens da Viação Horizonte, pelas quais ganhava cinco por cento.

E tudo se dava por que era bem mais conveniente tomar os ônibus que iam para a zona norte no caminho, que ter de ir ao terminal João Tomé e depois voltar. A intensa procura por passagens fez com que outras empresas passassem também a encostar seus carros no local, uma vez já tendo apanhado os primeiros passageiros na rodoviária "oficial".

Diversas outras empresas passaram a ter boxes na "Rodoviária dos Pobres",  como a Ipú Brasília, Expresso de Luxo, Brasileiro, Timbira, Serrano, Redenção, dentre outras. A principio, os ônibus estacionavam em quaisquer dos quadrantes do "terminal" (na Avenida, na Rua ou no posto de gasolina ao lado), e a demora era significativa. As passagens eram tiradas pelos agentes, que combinavam esforços para conter a multidão no empurra-empurra para entrar nos ônibus.

“Enquanto aguarda seus ônibus, o povo procura escapar do sol causticante do meio-dia, escorado nas paredes dos boxes, ou mesmo dentro deles. Poucos cabem na sombra da banquinha de revistas e na lanchonete de alumínio, ambas na esquina. Outro tanto é concentrado na mangueira do posto Atlantic, ou em seu restaurante. A falta de um sistema de auto-falantes, preocupa a multidão que não tem idéia exata dos horários de partida dos ônibus; daí as sucessivas indagações sobre embarques, de deixar qualquer agente nervoso. Quanto às bagagens, são as mais variadas, desde as malas de luxo e sacolas de mão...” ( Jornal O Povo 17/01/1988)

Nos primeiros anos, a situação era ainda mais complicada, pois sem nenhum abrigo, os passageiros aguardavam o ônibus aproveitando a sombra das bancas de fruta, no fim da linha de Antônio Bezerra. A espera se tornava muito desconfortável, não apenas por causa do sol, mas ainda em face da poeira conseqüência das obras de alargamento da Av. Mister Hull.

O movimento na rodoviária só crescia, e os problemas também, já década de 1980, tomar um ônibus na rodoviária dos pobres tornou-se um grande desafio, num local totalmente desprovido de condições para quem aguardava um transporte.

O fator segurança também preocupava os passageiros, que não escapavam dos furtos nem no interior do ônibus, até falsos vendedores ambulantes se aproveitavam para agir enquanto ofereciam sua mercadoria.

O nome que lhe foi atribuído identificava-se muito com seu aspecto, que não tinha sanitários, posto telefônico, cabine policial e um local que os protegiam contra o sol e a chuva. Até a higienização do local foi por bastante tempo esquecida.

Uma cena bastante comum daquele terminal improvisado, acontecia quando o ônibus mal parava e os vendedores corriam levantando seus “taboleiros” à altura das janelas do veículo, oferecendo água, frutas, bolos, doces e “merenda” em geral.

Em 1993, o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) proibiu a parada de ônibus interestaduais naquele terminal, porém a vontade dos passageiros era contrária, pois achavam muito mais cômodo embarcar próximo de suas casas. Vendedores ambulantes, passageiros e agentes de viagem da Rodoviária dos Pobres, elaboraram um abaixo assinado contra a medida do DNER. Até as empresas não concordaram com a decisão, ignorando o aviso e continuando a realizar embarques na rua.

A falta de segurança e as precárias condições da Rodoviária dos Pobres foram os motivos principais para que o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem proibisse a parada de ônibus interestaduais no local. Os embarques continuaram sendo realizados até o ano 2000.

O novo terminal


O Governo do Estado e a Socicam, inauguraram no dia 11 de dezembro de 2000, na rua Hipólito Pamplona, o Terminal Rodoviário de Antônio Bezerra, que substituiu a velha “Rodoviária dos Pobres”. Construído pela Socicam, o novo terminal foi inaugurado seis meses antes da data prevista por contrato, uma conquista da população do bairro de Antônio Bezerra.

Com 12 plataformas, 19 bilheterias e 3 lojas de apoio (lanchonete, revistaria, charutaria, churros e presentes), além de posto da Polícia Militar, Juizado de Menores e ANTT, o terminal está instalado em terreno de 11 mil metros quadrados, o que permite sua ampliação de acordo com o crescimento dos embarques.

A solenidade de inauguração contou com a presença do Governador do Ceará, Sr. Tasso Jereissati, que viu a primeira partida simbólica de ônibus a partir da plataforma 8.

Um show pirotécnico com fogos de artifício deu início às festividades populares que contou ainda com uma banda de forró tocando para quase 1000 pessoas até pouco antes do início das operações.

Mas havia um problema, a estrutura do novo terminal possuiria todos os itens para deixar os usuários satisfeitos, não fosse a ausência de uma área para desembarque. No momento da descida, a única opção é deixar o transporte em um ponto da Avenida Mister Hull, a cerca de 300m do terminal e do outro lado da via.

A ausência de retorno próximo, na Avenida Mister Hull, é o motivo alegado para não haver área de desembarque no Terminal Rodoviário de Antônio Bezerra. A justificativa é da Sociedade Civil Campineira (Socicam), empresa administradora do local. Até hoje, ao longo de uma década de serviço, nunca foi viabilizado um desembarque.

Uma parada de embarque irregular instalada poucos meses após a inauguração do novo terminal, tornou-se numa espécie de “nova rodoviária dos pobres”. Localizada a menos de um quilometro da antiga, sob o viaduto da Avenida Mister Hull, o local, que inicialmente seria utilizado para parada de vans, passou a ser usado também por ônibus.

A parada no meio do caminho estava prejudicando o novo terminal rodoviário construído pela Socicam, um dos fatores que estaria afastando os usuários, segundo pesquisas, foi a cobrança da taxa de embarque. O local passou a ser ponto das “topiques” irregulares que cobravam uma tarifa inferior ao ônibus.

Mais tarde, o transporte alternativo complementar foi regularizado pelo antigo DERT, mas a parada sob o viaduto não deixou de existir. Vários ambulantes se instalaram no local. Em 2008, o Distrito de Meio Ambiente da Prefeitura de Fortaleza, realizou a retirada dos ambulantes da “mini rodoviária”, porém, voltaram logo em seguida. 
Fonte de pesquisa: BD Cepimar/ Jornal O Povo

BA: População reclama de filas e desrespeito aos usuários de ônibus em Salvador


A odisseia da lojista Anamara de Jesus, 25 anos, começa pontualmente às 7h. Para conseguir chegar ao trabalho, ela enfrenta grandes filas, muito empurra-empurra e o atraso típico do sistema de transporte urbano de Salvador.

Em média, é necessário que dois ônibus saiam abarrotados de gente para que ela finalmente consiga prosseguir viajem, em pé, diga-se de passagem, já que são poucos os que conseguem um lugar para sentar. 

“Essa é a realidade da Estação Pirajá. É preciso ter muita paciência e às vezes coragem, já que tem dia que temos que brigar pra conseguir entrar no ônibus”, descreve a jovem.

Na manhã de ontem, passageiros que esperavam o Brotas também sofriam na fila. “Estou aqui há mais de uma hora. É um absurdo. Um ônibus passou vazio e não parou. Perdi meus compromissos porque não tem transporte”, afirmou o aposentado José da Silva. Na fila do Itapuã, mais reclamação. “A gente costuma esperar mais ou menos de 40 minutos à uma hora para conseguir pegar um ônibus. É um sofrimento”, resumiu o operador de telemarketing Melquisedeque dos Santos.

Para piorar, alguns aproveitam a falta de policiamento e furam a fila. “Se reclamar dá briga. E como tem muito marginal por aí, prefiro nem dizer nada. É melhor perder o ônibus do que perder a vida”, disse a dona de casa Margarida Conceição.

Segundo o diretor de transportes da Transalvador, Marcus Flores, o problema é fruto da sobrecarga da Estação e principalmente da defasagem dos corredores de transporte da cidade. Uma sonhada reforma só deve ocorrer durante a conclusão das obras do Tramo 2 do metrô, que ligará o Acesso Norte ao bairro de Pirajá. “Existe o projeto de transformá-la em uma estação multimodal. Ela será totalmente repaginada. Até lá, nenhuma grande obra deve ser feita, já que não se pode fazer um investimento que em um ano não será mais útil”, afirmou. 

Os banheiros também agravam a situação da Estação. A estrutura utilizada pelos despachantes, por exemplo, possui cabines sem portas e muito lixo acumulado. “É uma vergonha. Você sai para trabalhar em uma das maiores estações de transbordo de Salvador, e ela sequer tem um banheiro digno para atender as suas necessidades”, disse um motorista. 
Com informações: Tribuna da Bahia

AL: Usuários reclamam de nova tarifa de ônibus em Maceió e apontam problemas


O aumento do preço da passagem dos ônibus urbanos de Maceió, que passou de R$ 2,10 para R$ 2,30 no último domingo (26), causou revolta e indignação nos usuários do serviço. Nesta segunda-feira (27), todos os ônibus coletivos de Maceió trazem um aviso, na parte frontal do veículo, informando o atual preço da passagem. 

A universitária Rosany Lima argumenta que o aumento não tem justificativa, pois o serviço prestado pelas empresas de ônibus apresenta vários problemas. 

“Os ônibus estão superlotados na maioria do tempo, não existe segurança, a frota é pequena, e muitas vezes temos que esperar por mais de uma hora no ponto de ônibus. O serviço não vale o que está sendo cobrado. É um absurdo”, reclamou. 

Uma liminar concedida pelo desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, do Tribunal de Justiça de Alagoas, autorizou a Transpal a aumentar o preço da passagem dos ônibus urbanos de R$ 2,10 para R$ 2,30. A tarifa de R$ 2,10 estava em vigor desde julho de 2010. 

O fato de o aumento ter ocorrido no domingo, dia em que há pouca movimentação de passageiros, foi muito criticado pelos usuários, que disseram se tratar de uma manobra para evitar protestos da população. "Iremos mobilizar toda a sociedade, incluindo os estudantes. Não é possível um aumento deste. Fizemos um levantamento em outras capitais e descobrimos que em Maceió a passagem é mais cara do Nordeste. Pelo levantamento feito com base na quilometragem, é a mais cara do país, o que é inadmissível, levando-se em consideração a situação precária dos trabalhadores de Maceió", destacou o presidente da CUT-AL, Izac Jacson Ferreira Cavalcante.
Com informações: Tudo na Hora

PB: Empresas de ônibus melhoram serviços no Programa de Renovação da Frota


Os usuários do sistema intermunicipal de transporte público de passageiros na Paraíba passaram a contar, a partir desta segunda-feira (27), com um reforço de 15 novos ônibus equipados com poltronas confortáveis, banheiros e aparelhos de TV com DVD. Seis pertencem à empresa Real, cinco à Rio Tinto e quatro à Guanabara. Além disso, os passageiros da Real foram contemplados com uma Sala Vip no Terminal Rodoviário de João Pessoa – nos próximos dois meses, será instalada outra Sala Vip para os passageiros, desta vez da Guanabara.

Os novos benefícios fazem parte do Programa de Renovação da Frota de ônibus intermunicipais estabelecido pelo Departamento de Estrada de Rodagens (DER), por meio da Diretoria de Trânsito e Transporte, e da parceria entre o Governo do Estado e empresários do setor, que tem por objetivo garantir aos usuários mais conforto, comodidade, segurança e pontualidade no cumprimento dos horários de viagens.

Durante solenidade de entrega da Sala Vip da Real e dos novos ônibus, o diretor-superintendente do DER, engenheiro Carlos Pereira de Carvalho, representou o governador Ricardo Coutinho e afirmou que as empresas vêm respondendo satisfatoriamente ao projeto do Governo de otimizar o atendimento na área de transporte público de passageiros. “De sua parte, o Governo vem investindo na melhoria das estradas e também dos terminais públicos de passageiros”, ressaltou.

Segundo ele, o Terminal Rodoviário de João Pessoa é a porta de entrada de 54% das pessoas que chegam à Capital paraibana. “Pelo Aeroporto Castro Pinto entram apenas 7%, ficando os 39% restantes relacionados ao pessoal que chega ao município a bordo de veículos particulares ou alugados”, ressaltou. 

Acompanhado dos empresários Wolgran Medeiros de Brito (Real), Tadeu Sampaio (Guanabara), José de Arimateia (Rio Tinto) e Eduardo Azevedo (Bela Vista), e também do presidente da AETC/JP, jornalista Mário Tourinho, Pereira informou que o DER já autorizou a empresa Guanabara a instalar sua Sala Vip no Terminal Rodoviário de João Pessoa. As obras serão iniciadas na próxima semana, e, no prazo máximo de dois meses, o ambiente será entregue aos usuários.

Sala Vip no Terminal Rodoviário de João Pessoa
A empresa Guanabara, que atua no Nordeste com uma frota aproximada de 400 ônibus, está na Paraíba com 45 ônibus, 32 deles circulando entre municípios localizados dentro do Estado – o restante faz linhas para outras localidades da região. Além da Sala Vip de João Pessoa, Sampaio informou que será construída outra no Terminal Rodoviário de Patos, no Sertão paraibano.

A empresa Real, por sua vez, dispõe de uma frota de 30 ônibus que trafegam especialmente entre as cidades de João Pessoa e Campina Grande – além de Monteiro, no Cariri paraibano. Já a empresa Rio Tinto tem uma frota de 47 ônibus fazendo linhas relacionadas a municípios do Litoral Norte e de parte do Brejo da Paraíba. Prevendo a aquisição de dois novos ônibus neste ano, um deles nos próximos 60 dias, a empresa Bela Vista, que também atende municípios do Brejo paraibano, dispõe hoje de uma frota composta de 20 veículos. 

Tranquilidade e conforto 
A Sala Vip inaugurada pela empresa Real ocupa um espaço de 80 m². No ambiente são oferecidas comodidades como ar condicionado, água mineral, cafezinho, TV LCD e poltronas confortáveis.
Fonte: Governo da Paraíba

Anunciada recuperação da BR-230 no trecho do Cariri


Reprodução TV Verdes Mares
A recuperação de um trecho da BR-230 no Cariri cearense foi anunciada durante encontro na sexta-feira (24) com a presença dos representantes de três municípios da região e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

A ordem de serviço foi assinada pelas prefeituras de Farias Brito, Lavras da Mangabeira e de Várzea Alegre, além do engenheiro da construtora vencedora da licitação com a promessa de que as obras começariam imediatamente.

“Elaboramos o projeto para a rodovia a partir de duas ações: uma deve começar imediatamente para a manutenção da rodovia e, em seguida, a rodovia toda será reconstruída. A primeira deve custar na faixa de R$ 7 milhões de reais e a segunda orça em torno de R$ 30 milhões de reais”, garante o superintendente do Dnit, José Abner de Oliveira Filho.

José Helder Máximo de Carvalho, prefeito de Várzea Alegre aponta para os prejuízos causados pela falta de estrutura na rodovia. “O recurso é todo do Ministério dos Transportes. Eu e os outros prefeitos das regiões atingidas pelo trecho danificado nos sentimos prejudicados. A obra com recursos federais vai solucionar o prejuízo dos municípios que transitam para o Cairri e do Cariri para a região do Vale do Salgado”, afirma o prefeito.

Os problemas no trecho da rodovia podem ser notados na saída de Farias Brito até a divisa com o estado da Paraíba. Nesse trajeto, 34 dos 105 quilômetros estão danificados, conforma indica a placa de alerta. “O perigo de acidentes é muito grande. Temos de socorrer as pessoas e às vezes até dar o pneu extra dos nossos carros para outros motoristas, além do risco de assaltos. Está horrível”, reclama o comerciante João Evangelista.

A população que mora na zona urbana de Várzea Alegre também reclama dos buracos existentes no trecho da BR que corta a localidade. Essa é a primeira manutenção da rodovia em dois anos. Os transtornos fizeram dobrar a tempo do trajeto entre Várzea Alegre e Farias Brito, prejudicando o trabalho das transportadoras que atuam na região. “Gasto uma hora para trafegar, mas se estrada fosse boa gastaria apenas 25 minutos”, afirma o motorista de ônibus José Pequeno.
Com informações TV Verdes Mares/Revista do Ônibus

Dilma anuncia investimento federal de R$ 1,6 bi para metrô de Fortaleza


A presidente Dilma Rousseff participou nesta segunda-feira (27), no Ceará, do lançamento de investimentos no Metrô de Fortaleza, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. A União contribuirá com R$ 1,6 bilhão dos R$ 3 bilhões previstos para o custeio da obra. 

É a segunda vez em menos de um mês que Dilma viaja à região para acompanhar obras do gênero: no início de fevereiro, a presidente esteve nas obras da Rodovia Transnordestina e de transposição do Rio São Francisco, no Ceará e em Pernambuco. Ambos os estados, com governadores da base aliada ao governo, contam com a maior parcela de investimentos federais na região, segundo a Controladoria Geral da União (CGU). 

Em breve discurso, ela citou a falta de investimento de transporte em massa de gestões anteriores, citando as dificuldades econômicas da década de 1980, e reafirmou compromisso com obras de infraestrutura no Nordeste. saiba mais Dilma afirma que Transnordestina deve ficar pronta até o fim de 2014 

Dilma afirmou que o metrô de Fortaleza faz parte de um conjunto de obras "estruturantes" no país. Ela afirmou que retornará ao Nordeste nas próximas semanas para anunciar investimentos para a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. 

"Quando a gente fala que o Brasil melhorou, [...] temos que olhar na melhora do serviço para a população", disse. "Nós estamos num grande movimento dentro do governo para acompanhar obras que são [...] estruturantes e prioritárias do país", completou. 

Metrô 
De acordo com o governo, a Linha Leste do Metrô de Fortaleza, que faz parte do PAC Mobilidade, terá cerca de 12 quilômetros de extensão. O projeto conta ainda com a aquisição de 20 trens elétricos, em composição de seis carros, e com a construção de túneis e de 13 estações, sendo 12 subterrâneas e 1 em superfície. As obras do metrô de Fortaleza começaram em 1999. 

A previsão é de custo de R$ 3 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão da União, R$ 800 milhões de financiamento e R$ 633,9 milhões do governo do estado do Ceará. A presidente chegou a Fortaleza por volta das 11h e foi recebida pelo governador Cid Gomes e pela prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins. 

A visita às estações do metrô em Maracanaú é o primeiro compromisso da presidente Dilma em Fortaleza nesta segunda-feira. À tarde, às 14h30, a presidente visita obras da Estação de Tratamento (ETA) Oeste, no município de Caucaia, Grande Fortaleza. A partir das 16h, Dilma visita o Mirante dos ventos e o conjunto habitacional Vila do Mar 3, na comunidade do Pirambu, em Fortaleza.
Fonte: G1 Ceará

Projeto da Prefeitura de Fortaleza promete deixar as viagens de ônibus mais rápidas


De acordo com o presidente da Etufor, Ademar Gondim, a ideia é que o Serviço Rápido de Ônibus (BRS, da sigla em inglês) inicie ainda em 2012

O projeto inclui cinco faixas prioritárias: Antônio Bezerra/Centro, Antônio Bezerra/Messejana, Lagoa/Centro, Messejana/Centro e Leste-Oeste/Centro. Segundo o presidente da Etufor, o BRS deve funcionar em alguns horários a ser determinados, mas ele acredita que, de segunda a sábado, deva ser das 6h às 21 horas e, aos domingos, será livre para o tráfego de todos os veículos.

Com a implementação dos cinco corredores prioritários, mais de 70 linhas de ônibus serão beneficiadas. A intensão é que o BRS se expanda para outros pontos de Fortaleza, como o trecho das avenidas Domingos Olímpio e Antônio Sales e o que leva o Terminal Parangaba ao Castelão. “Estamos apenas começando o projeto de criação dos corredores”, afirma.

Uruburetama e a preferência pelo produtos Comil

Depois de adquirir três unidades de demonstração do modelo Campione 2011, a Uruburetama está trazendo mais um Comil para incrementar sua frota. Cliente fiel dos produtos da carroçadora gaúcha, a empresa trás agora um OF-1722 com a mesma cor daquele adquirido durante o lançamento na capital cearense em agosto de 2010.

Cada modelo Campione 2011 da Uruburetama possui uma cor diferenciada. O vermelho possui carroceria 3.45 e chassi VW 17-230, o azul, também 3.45, é montado sobre Mercedes-Benz O500M. Já o verde, modelo 3.25, possui chassi VW 17-230.

Em 2005, a Uruburetama também ficou com dois veículos expostos no lançamento da linha Campione 2006 em Fortaleza. A cor dos veículos agradou o empresário Francisco Pinto, que acabou adotando o dourado para outros veículos de sua frota




FONTE: FORTALBUS

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Por onde anda: Gertaxi 285, 307 e 437



A edição de hoje mostra Por onde anda três veículos de diferentes modelos que pertenceram à tradicional empresa de turismo Gertaxi, de Fortaleza/CE. Reunimos o “depois” dos carros 285, 307 e 437, que continuam em empresas de fretamento e turismo da capital e interior cearense.

307: Atualmente, faz parte da Giovanna Turismo com o prefixo 6132004. O Jum Buss 360 possui 14 metros de comprimento e foi fabricado em 1997, ano em que a legislação de trânsito permitiu veículos não-articulados com no máximo 14,00 metros.
 Dados do Veículo: Jum Buss 360 - Mercedes-Benz O-400RSD - Ano: 1997/8 (HVJ-4686)

437: O Viaggio dianteiro OF-1721, possui hoje o prefixo 2832008 da União nordestina Transporte e Turismo, também de Fortaleza/CE.
 
Dados do Veículo: Viaggio G61050 - Mercedes-Benz OF-1721 - Ano: 2003 (HWL-8785)

285: Já o El Buss 340, pertence atualmente à De Paula Turismo, com sede em Crateús/CE. Seu prefixo de registro é 6372005.
 Dados do Veículo: El Buss 340 - Mercedes-Benz O-400RSE - Ano: 2000 (HWK-3938)

Prefeitura de Fortaleza perdeu o discurso do transporte público, diz vereador


Para o líder da oposição na Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Plácido Filho (PDT), a Prefeitura não ousa mais propagar o discurso sobre o transporte público. Segundo o vereador, o discurso do congelamento caiu depois que a oposição no Legislativo Municipal descobriu que, na realidade, o aumento foi mascarado pela redução em 50% do ISS dos empresários de ônibus, além da queda da taxa de gerenciamento dos terminais, que era descontada no percentual de 3% do faturamento das empresas.

“Isso equivale a cerca de dois milhões de reais, ao mês, dinheiro que poderia ser investido em Saúde, Educação, no Social e na própria mobilidade urbana”, comentou Plácido Filho, ao rebater o artigo do deputado federal Artur Bruno (PT), publicado no último sábado (18), e reproduzido no Blog. “Creio que o Bruno é o melhor pré-candidato à Prefeitura entre os nomes do PT que vi até agora, mas ele precisa se misturar um pouco com a população da cidade que ele pretende administrar. Convido o deputado a visitar comigo os terminais de ônibus, os postos de saúde, as escolas e o Beco da Poeira. Depois disso, poderemos discutir Fortaleza”, ressaltou o líder da oposição na Câmara Municipal, que no ano passado lançou um relatório sobre o sistema de transporte púbico em Fortaleza, na visão do usuário. 

De acordo ainda com Plácido, a Prefeitura se nega a realizar um estudo sobre o estrangulamento nos terminais, o que tem provocado uma redução no número de usuários, nos últimos três anos. “A população não aguenta mais a falta de estrutura nos terminais. Tem gente perdendo o emprego porque não consegue mais cumprir o horário do expediente. Muitos dos que conseguem são obrigados a deixar o terminal para escapar das longas filas e da superlotação. Pagam duas passagens para garantir o primeiro ônibus. Isso, a Prefeitura esconde, pois também não há um estudo de quanto o trabalhador gasta com o transporte público todo mês. Se a média fosse divulgada, veríamos que Fortaleza possui uma das tarifas mais caras, diante do descaso do poder municipal para com o transporte público”, disse. 

O vereador também rebateu os benefícios da Tarifa Social, Hora Reduzida e da passagem integrada. “Desde que foi criada, a Tarifa Social sofreu um reajuste de 40%. É um percentual maior que o reajuste da tarifa normal e o que foi concedido aos táxis. Então, a parte mais necessitada pagou a conta dos reajustes. Já a Hora Reduzida e a passagem integrada são prejudicadas pelos atrasos dos ônibus. O usuário pode até ter o benefício na ida do seu compromisso, mas não o terá na volta. Falta fiscalização por parte da Prefeitura”, afirmou.
Fonte: Blog do Eliomar

PE: Corredor de ônibus da Avenida Pan Nordestina é interditado em Olinda


Menos de uma semana depois de ser entregue, a faixa exclusiva para ônibus da Avenida Pan Nordestina, em Olinda, já apresenta problemas. Buracos já podem ser vistos na via, nos dois sentidos, desde o final de semana. A obra, que foi entregue depois de dois anos, foi inaugurada na última sexta-feira (17). 

Como o asfalto cedeu bastante, o trecho com os buracos foi interditado e os ônibus deixaram de circular pelo corredor exclusivo mais uma vez. A Secretaria das Cidades de Olinda informou que o construtor responsável pela obra será chamado e, caso seja constatada a falha da empresa, ela será notificada para reperar os danos imediatamente. 
Fonte: G1 Pernambuco

PB: Movimento no Terminal Rodoviário de João Pessoa cresceu 10%


Segundo chefe do setor de concessões do Terminal, Aílton Carlos Pereira, o movimento durante o Carnaval no Terminal Rodoviário de João Pessoa deverá aumentar em torno de 10%, em relação ao mesmo período de 2011. O dia de maior movimento deverá ser na quarta-feira, quando está prevista a circulação de quase 16 mil passageiros (7 mil embarcando e 9 mil desembarcando). 

Os destinos mais procurados foram os municípios de Campina Grande, Cajazeiras, Catolé do Rocha e Baia da Traição. Cerca de 75.500 passageiros (36 mil embarcando e 39.500 chegando à Capital) devem passar pelo Terminal Rodoviário até esta quarta-feira (22). Foram colocados 110 ônibus extras.
Fonte: PB Agora

Produção da Busscar volta a ganhar ritmo em Joinville


“É bonito de se ver”, diz o administrador judicial do Grupo Busscar, Rainoldo Uessler, sobre a retomada da produção na unidade de ônibus. De fato, ao visitar as linhas de fabricação da empresa, até o mais incrédulo na recuperação judicial do grupo se impressiona com o ritmo de trabalho de cerca de 500 funcionários que foram chamados de volta à ativa. 

O momento é tão bom que a empresa mantém as atividades até neste período de Carnaval, para conseguir entregar os pedidos no prazo. Segunda-feira (20/2), terça-feira (21/2) e quarta-feira (22/2) os trabalhadores vão trabalhar normalmente e receberão como dias normais. 

A Busscar recebeu 52 encomendas de ônibus desde a decretação da recuperação judicial, em 31 de outubro de 2011. Os trabalhadores se empenham em turno único, das 7h às 16h, com uma hora de intervalo para o almoço. 

Novos pedidos estão em negociação e a expectativa da empresa é fechar mais negócios nos próximos meses. Um deles é o Projeto Guatemala, no qual a Busscar deve faturar R$ 130 milhões para produzir 800 ônibus. De acordo com Uessler, problemas burocráticos estão sendo resolvidos e o projeto está caminhando. “Faltam resolver alguns detalhes, mas a expectativa do negócio ser fechado é grande”, afirma. 

Com os pedidos atuais, que envolvem de micro-ônibus a modelos Double Decker - que possuem dois pisos, a Busscar deve arrecadar em torno de R$ 25 milhões, valor ainda longe do que a empresa precisa para ganhar o ritmo de antes da crise. Boa parte desse valor ainda deve ser usada para o pagamento de salários e mais matéria prima. A Busscar projeta que seriam necessários R$ 100 milhões de fluxo de caixa para a empresa conseguir se recuperar. A previsão do grupo, em seu plano de recuperação, é fabricar 1.818 ônibus só neste ano. 

A retomada da produção foi possível graças à venda de um terreno que pertencia ao grupo. Com os R$ 6,2 milhões que foram arrecadados, a Busscar conseguiu dar o primeiro passo para sair da crise. “Muitos outros pedidos estão em negociação e as dívidas também estão sendo negociadas, por isso temos convicção de que a Busscar conseguirá se recuperar, deixando a crise no passado”, afirma Clóvis Squarezi Mussa de Moraes, advogado da ERS Consultoria & Advocacia, que tem atuado em Joinville na recuperação da Busscar. Euclides Ribeiro Junior, sócio da ERS, tem permanecido mais em São Paulo, onde negocia as dívidas e novos pedidos. 

20 anos de muita confiança 
O soldador Carlos Marques Pereira, 57 anos, vai completar no dia 31 de março 20 anos de trabalho na Busscar. Em todos esses anos, ele nunca viu a empresa em crise pior, mas também nunca acreditou tanto na recuperação. 

“Jamais duvidei. Uma empresa desse tamanho, com a estrutura e qualidade que possui, não poderia jamais ser fechada. Agora não vamos mais parar. Se depender dos funcionários, a Busscar sairá da crise e só vai crescer”, projeta. 

Pereira é um dos cerca de 500 funcionários que a Busscar chamou para trabalhar na produção dos 52 ônibus encomendados. Em 2011, ele também trabalhou na conclusão de alguns modelos que ficaram parados nas linhas de produção, quando a crise começou. 

Nos meses mais difíceis, Pereira fez bicos para continuar mantendo a família, mas em nenhum momento cogitou sair da Busscar. “Sempre gostei de trabalhar aqui e quero me aposentar nessa empresa”, afirma. 

A Busscar ainda mantém cerca de 1.100 funcionários contratados. A empresa chegou a ter em torno de 3.500 antes da crise. Amanhã, o administrador judicial Rainoldo Uessler entregará à Justiça a primeira revisão das dívidas do grupo. Na primeira publicação das contas, a Busscar somava R$ 623 milhões em dívidas. A segunda e última revisão será feita pelo próprio juiz responsável pela recuperação da Busscar.
Fonte: ND Online

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Melhor ano da história da Volvo no Brasil


A Volvo apresentou à imprensa no ultimo dia 16 de fevereiro, o balanço dos seus resultados de 2011 e suas expectativas para 2012. O presidente da empresa, Roger Alm, afirmou que foi o melhor ano da história da empresa no Brasil, instalada aqui há mais de 30 anos. Além dos resultados positivos, a empresa anunciou a sua reestruturação mundial que poderá trazer novidades para o mercado brasileiro. O Grupo Volvo, proprietária também das marcas de caminhões Renault Trucks, Mack, UD Trucks (ex-Nissan Diesel) e da indiana Eicher, passará a ser uma empresa só. Isso significa que a Volvo do Brasil irá fazer a gestão na América Latina das marcas Volvo, Renault, UD Trucks e, a partir 2014, da Mack. Roger Alm, questionado sobre a possibilidade da Volvo lançar essas marcas no Brasil, disse que em curto prazo nada muda, mas que a possibilidade está sendo estudada. 
Em 2011 a participação de mercado da Volvo cresceu de 15% para 17,1% considerando a fatia de mercado de caminhões acima de 16 t, com pouco mais de 20 816 unidades vendidas no Brasil e 25 200 em toda América Latina. O mercado brasileiro total de caminhões acima de 16 t foi de 112 000 unidades. A Volvo estima que em 2012 o mercado seja um pouco menor, de 105 000 veículos pesados, mas, mesmo assim, a fabricante considera um mercado excelente, considerando que será o segundo melhor resultado da história da indústria no país e, que, em 2006, esse número era de 30 000 unidades. Os acionistas da empresa estão muito felizes com o Brasil e até ampliaram a linha de montagem de cabine da fábrica em Curitiba, PR, um dos gargalos para aumentar a produção da unidade fabril brasileira. 

Em termos de representatividade global, o Brasil só perde, e por pouco, para os Estados Unidos (21 505). Em terceiro lugar, muito abaixo, está a França (6 053), Alemanha (5 413), Rússia (5 286) e Grã Bretanha (4 820) que já foi o maior mercado da Volvo no passado. Os bons resultados da Volvo tem todos os méritos do trabalho da marca e de sua rede de concessionárias, mas só foi possível graças ao crescimento econômico do Brasil e da garra do transportador brasileiro em seguir em uma atividade profissional cheia de desafios. 

Ônibus
Não só no mercado de caminhões os resultados foram bons para a marca sueca. No de ônibus também, apesar de ser um segmento que, por problemas políticos, ainda não compra muitos ônibus confortáveis e seguros, fato que, contragosto, forçou a Volvo a lançar, no ano passado, um modelo de ônibus com motor dianteiro, uma adaptação do chassi de caminhão do VM. A empresa emplacou 3 652 ônibus no ano passado, 153% a mais do que em 2010, que foi de 1 441 unidades. 

A empresa também confirmou o início, no meio do ano, da produção de ônibus híbridos, com um motor elétrico e um diesel. Neste deverão ser fabricados 80 unidades e o objetivo inicial é produzir 350 unidades por ano. Segundo Luis Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America, o ônibus híbrido reduz em até 36% o consumo de óleo diesel. Resta saber se essa diferença de consumo paga o preço maior do ônibus híbrido já que, no Brasil, diferentemente da Europa, o governo não tem nenhuma política de incentivo para veículos mais eficientes e menos poluidores.

PI: Integração de linhas de ônibus entra na segunda fase


Uma nova etapa da integração das linhas de ônibus urbanos de Teresina entrou em operação ontem. É a que estipula a gratuidade na segunda passagem. A antecipação do fim da cobrança pelo segundo trecho faz parte de um acordo firmado entre a Prefeitura e o movimento estudantil, após violentos protestos e mais de 13 horas seguidas de negociação.

Nesta nova fase, a implantação do bilhete único atenderá a 42% dos usuários de ônibus, já que o cartão eletrônico ainda não foi adquirido por todos os passageiros. Sem o cartão, não há integração. E mais: a integração de 33 linhas também restringe o acesso ao novo sistema, implantado no dia 2 de janeiro de 2012.

Por enquanto, 33 das 91 linhas de ônibus estão integradas. Pelo planejamento da Prefeitura, até 1º de junho mais 23 farão parte do sistema, totalizando 56 linhas. Enquanto todas as linhas não estiveram integradas, o usuário só poderá participar da integração usando as linhas pré-definidas. O passageiro tem duas horas para fazer a integração de uma linha para outra.

Para implantar o modelo ora em execução, a Prefeitura descartou um projeto de integração previsto no novo Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana, concluído em 2008. Por esse projeto, seriam construídos de oito terminais localizados em pontos estratégicos e feitos altos investimentos no sistema viário.

A integração implantada em janeiro dispensou a construção dos terminais e exigiu apenas uma mão de tinta na avenida Frei Serafim, para criação das faixas exclusivas dos ônibus. O projeto de integração previsto no Plano Diretor exigia para a operação algo em torno de R$ 50 milhões. A Prefeitura faz a integração com uma grande economia.

Quando da implantação da integração, em janeiro passado, a Prefeitura passou a cobrar pelo segundo trecho como condição sine qua non para a operação do sistema. Após os protestos dos estudantes, negociou o fim da cobrança da segunda passagem e o sistema não sofre qualquer abalo. O que houve? Ainda não dá para concluir se a integração dos ônibus de Teresina é fruto de um engenhoso e econômico projeto de engenharia de tráfego ou se se trata de uma baita improvisação.
Fonte: 180 Graus